Escrever por amor
- Gabriel Paz
- há 11 horas
- 1 min de leitura
São linhas e linhas de palavras vertidas
Podem ser perversas mas nunca são fingidas
Escritas em clamor por audazes autores
Que narram temores ou os simples amores
Esboços tenazes de júbilo ou melancolia
Provas vivas de clemência ou pura tirania
São linhas e linhas de vocábulos compadecidos
Ditames mudos esperando ser lidos
Bramidos irados para iníqua comunidade
Que bajula o fútil e despreza a verdade
Se oculta do afetuoso e abraça o imoral
No logro edifica seu pecado capital
São linhas e linhas de sentimentos vividos
Transladados na íntegra sem filtros vendidos
Honrados juízos de imparcial fidalguia
Desprovidos de avareza ou simples mordomia
Brados eloquentes para clamar ponderação
Inquietas cautelas de tão justa prevenção
São linhas e linhas de amor voluntário
Na ambição de regenerar penoso fadário
Jorros de alento em almas baralhadas
Diligentes respostas nessas encruzilhadas
Abraços remotos de desvelo secreto
Quando estimada caneta nem sempre está perto
Texto incorporado na minha obra "De Rédeas Soltas". Todos os direitos reservados.


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