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Escrever por amor

São linhas e linhas de palavras vertidas

Podem ser perversas mas nunca são fingidas

Escritas em clamor por audazes autores

Que narram temores ou os simples amores

Esboços tenazes de júbilo ou melancolia

Provas vivas de clemência ou pura tirania

São linhas e linhas de vocábulos compadecidos

Ditames mudos esperando ser lidos

Bramidos irados para iníqua comunidade

Que bajula o fútil e despreza a verdade

Se oculta do afetuoso e abraça o imoral

No logro edifica seu pecado capital

São linhas e linhas de sentimentos vividos

Transladados na íntegra sem filtros vendidos

Honrados juízos de imparcial fidalguia

Desprovidos de avareza ou simples mordomia

Brados eloquentes para clamar ponderação

Inquietas cautelas de tão justa prevenção

São linhas e linhas de amor voluntário

Na ambição de regenerar penoso fadário

Jorros de alento em almas baralhadas

Diligentes respostas nessas encruzilhadas

Abraços remotos de desvelo secreto

Quando estimada caneta nem sempre está perto


Texto incorporado na minha obra "De Rédeas Soltas". Todos os direitos reservados.


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© 2025 por Gabriel Ethan Paz. 

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